RÁDIO NÃO É TV

  • 17/07/2024
RÁDIO NÃO É TV

O rádio deve preservar sua essência auditiva, utilizando vídeos apenas de forma estratégica e moderada, sem se comportar como televisão. Manter a audiência no próprio ambiente da rádio é essencial para evitar distrações.

O rádio, um meio de comunicação que há décadas acompanha os brasileiros em diversas atividades, está sempre mudando. Com a ascensão do digital, algumas emissoras de rádio começaram a incorporar o vídeo em suas transmissões. No entanto, é crucial lembrar que o rádio não é televisão e não deve se portar como tal.

A essência do rádio reside na sua capacidade de ser um companheiro fiel, alguém que o ouvinte pode ter ao lado enquanto realiza outras tarefas. Seja dirigindo, cozinhando, trabalhando ou praticando exercícios, o rádio oferece uma companhia auditiva que não exige atenção visual. Esse é o charme e a força do rádio: estar presente sem ser intrusivo.

O uso do vídeo deve ser encarado como um recurso complementar, utilizado de forma esporádica e estratégica. Emissoras de rádio podem aproveitar o vídeo especialmente quando a intenção é produzir material para outros canais, como redes sociais ou podcasts. Por exemplo, se o programa da rádio tem um formato que faça sentido disponibilizá-lo também em formato de podcast, essa é uma grande oportunidade para gerar conteúdo em vídeo e, então, aproveitá-lo em outros canais, como cortes em redes sociais. Dessa forma, o uso do vídeo se torna estratégico, ampliando o alcance do conteúdo sem desvirtuar a essência do rádio.

No entanto, não faz sentido utilizar câmeras no estúdio apenas para mostrar o locutor trabalhando. O que há de interessante em ver um locutor cutucando o nariz ou ajustando os fones de ouvido? O rádio tem um caráter mágico em sua simplicidade e na imaginação que provoca nos ouvintes. Expor os bastidores de maneira constante pode quebrar essa magia, tornando-se algo cansativo e até mesmo sem propósito.

Um grande erro das emissoras, na tentativa de ser multiplataforma, é levar sua audiência para plataformas de terceiros. O ouvinte fiel está conectado à sua rádio, seja via dial ou streaming, e a emissora o incentiva a acessar uma plataforma de terceiros para acompanhá-la em outro formato. Pode ser interessante? Sim. Mas ao levá-lo para um ambiente que você não controla, a chance do seu ouvinte se distrair com outros conteúdos da plataforma e desconectar da sua transmissão é enorme. Plataformas de terceiros são feitas para incrementar a audiência da sua rádio. Prefira sempre manter sua audiência dentro do seu próprio terreno, onde você tem controle total do conteúdo que é disponibilizado e utilize as plataformas de terceiros (YouTube e Redes sociais) para trazer mais audiência para a sua rádio. Nunca ao contrário!

Portanto, é essencial que o rádio se comporte como rádio, preservando sua essência e utilizando o vídeo de maneira pontual. A estratégia deve focar em momentos especiais que realmente acrescentem valor à experiência do ouvinte, sem transformar o rádio em uma televisão de segunda categoria.

O rádio precisa continuar sendo o companheiro discreto e constante dos brasileiros, mantendo sua essência e relevância no cenário atual. A utilização do vídeo deve ser feita de forma cuidadosa, respeitando a identidade do meio e valorizando a experiência auditiva do ouvinte.

FONTE: Colunas - Rádio não é TV (tudoradio.com)


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